quinta-feira, 17 de julho de 2008

IV

Eu estava sentada em baixo de uma mangueira em uma mesa de madeira, no céu não dava para se ver uma nuvem, apenas o sol que brilhava fortemente. Não tinha ninguém naquele lugar além de mim, mas mesmo assim ainda podia ouvir uma canção sendo assobiada. Naquele momento Melissa apareceu caminhando em minha direção, ela se sentou em na minha frente e sorriu.
Naquele momento acordei com o meu celular tocando, era a quinta vez naquela semana que estava tendo o mesmo sonho aquilo estava começando a me assustar.
Atendi ao telefone celular, era o Thiago.
- Ei! Você sabe que horas são? 11:00 da manhã, só por que você não trabalha hoje não quer dizer que pode ficar dormindo até mais tarde. – me disse ele do outro lado da linha,
- O que você quer? – lhe perguntei ainda com a voz sonolenta.
- Não se lembra? Hoje você vai experimenta de novo o vestido.
- Ah sim agora me lembrei. Que horas?
- As 15:00.
- Ok encontro vocês lá, mande um beijo pra Melissa.
- Pode deixar, agora vai tomar um banho. – brincou ele.
- Até mais beijo.
- Beijo.
No banho deixei que a água quente percorresse meu corpo, meus pensamentos se alternavam entre o meu sonho, e como seria encontrar novamente Tomás. Era de costume que eu demorasse no banho, mas estava tentando mudar este habito, então logo desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha.
Para o almoço me virei com algumas coisas que encontrei dentro da geladeira, depois de comer fiquei corrigindo algumas provas, por volta das 14:30h peguei minha bolsa e as chaves do carro e fui para a loja de aluguel de vestidos.
- Esta atrasada 15 minutos. – disse Thiago que me esperava na frente da loja.
- Desculpe, foi difícil achar um lugar para estacionar o carro. – respondi um pouco mal humorada.
- Não ligue pro que ele diz. – Interrompeu Melissa. - Acabamos de chegar também, Tomás esta lá dentro esperando por nós vamos entrar.
Tomás estava usando uma de suas camisetas antigas dos Beatles sua barba estava por fazer, quando estávamos juntos, volta e meia eu pedia pra que ele não fizesse a barba, pois ela por fazer dava um ar másculo a ele.
- Olá – disse ele estendendo a mão.
- Tudo bom? – perguntei, me desviando da mão e o cumprimentando com um beijo.
- Tudo sim e com você?
- Tudo ótimo. – respondi sorrindo enquanto ele ficava todo encabulado com a situação.
Ali na loja foi como da ultima vez vestimos as roupas, vimos se os ajustes estavam bons, marcamos mais algumas coisas, e combinamos de uma prova para dali duas semanas.
Tomás foi me acompanhar até o carro, segundo ele o dele estava ali perto. Fomos metade do caminho em silencio até que ele resolveu falar.
- Aquele dia, o café com Melissa foi bom?
- Foi sim. – Respondi rezando para que não perguntasse sobre o que havíamos falado.
- Ah... – ele hesitou – bem já que eu não fui daquela vez que tal sairmos juntos hoje? – Levei um susto. – Bem não como um encontro, você sabe como amigos. – Fiquei olhando para ele com espanto. – Bem se você não quiser... É claro que fui abusado, mas não seria nada de mais apenas um barzinho quem sabe? Não que eu queira te embebedar para você sabe... – Ele estava tentando se explicar, só estava se enrolado cada vez mais a cada frase, ele estava um graça daquele jeito.
- Tudo bem Tomás eu entendi, que horas é melhor pra você? – Ele sorriu aliviado.
- As oito pode ser?
- Ótimo.
- Que bom. Não a nada melhor do que uma boa comida, uma boa musica e uma boa companhia. – dei uma leve risada, ele havia recuperado sua compostura, estava até fazendo brincadeiras. – Eu te pego as oito então.
Dei-lhe um beijo no rosto, abri a porta do meu carro e entrei, abaixei o vidro da janela do passageiro, e sorri para ele.
- Você se lembra onde era a casa da minha avó? – Perguntei a ele.
- Lembro sim, era onde você morava quando sua família ainda morava toda junta. – Respondeu ele.
- Estou lá agora, se tiver alguma duvida liga no meu celular esse é meu numero. – peguei um de meus cartões que ficavam jogados dentro da bolsa.
- Pode deixar eu me lembro onde é sim, não é muito longe do meu apartamento.
Ele desencostou do carro, coloquei a chave na embreagem e fui embora, fiquei olhando pelo retrovisor o Tomás que estava parado com a mão no bolso, e talvez esperasse eu desaparecer de vista para entrar em seu carro.

Um comentário:

Mari disse...

Cout, você escreve muito bem!
Vim lhe parabenizar pelo blog e avisar que te linkei no meu blog em uma lista do prêmio "Dardos".
Espero que não se importe ^^"

Beijo.